Sub-Reitoria de Extensão e Cultura (SR3) da UERJ comemora significativo aumento de projetos de extensão nos últimos 10 anos


A universidade pública é um importante espaço de produção e de contribuição social para o conhecimento. A extensão é uma das bases do tripé desse ambiente acadêmico: ensino, pesquisa e extensão. O número de projetos dessa natureza aumentou mais de 200% em 10 anos. Em 2010, foram registrados 489; hoje, existem 1153.

O processo de creditação da extensão do Plano Nacional de Educação (PNE), de 2014, colaborou para esse aumento. O PNE define que 10% da carga horária dos alunos de graduação devem ser preenchidas com atividades de Programas e Projetos de Extensão. Desde 2016, a Sub-Reitoria de Extensão e Cultura (SR3) incentiva os projetos, por meio de visitas a todas as unidades, com o objetivo de conscientizar sobre a importância desse tipo de desenvolvimento.

“O que eu espero é que a gente consiga ter a possibilidade de contemplar todos os projetos com bolsa e que a gente possa ter editais de extensão. Precisamos ter um incentivo, tanto de bolsa, quanto de editais, para que os projetos sejam apoiados e desenvolvidos de maneira mais efetiva”, revela a sub-reitora, professora Elaine Tôrres.

O aumento de projetos não se deu somente no campus Maracanã. Todos os Campi da UERJ foram beneficiados com essa política de incentivo, que resultou na interiorização, inclusão e democratização da ciência e da cultura. Esses projetos proporcionam à comunidade o ensino e as pesquisas desenvolvidas na instituição, por meio de palestras, eventos, cursos, oficinas e prestação de serviços. O centro que mais se destaca no desenvolvimento é o de Educação e Humanidades, seguido pelo Centro Biomédico, que possui o projeto mais antigo.

Em atividade desde 1988, “Sangue vencendo o medo e garantindo a vida” surgiu em decorrência da preocupação que existia na Faculdade de Enfermagem, devido à contaminação por hepatite e HIV através da hemotransfusão. O objetivo é incentivar a prática de doar sangue, aumentar o número de doadores voluntários e introduzir a temática no curso de graduação. Até hoje, o projeto é reconhecido e contribui para a manutenção do banco de sangue do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE).

Outro projeto que se destaca é “Português para Refugiados”, do Instituto de Letras em conjunto com Pares Cáritas, organismo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Essa parceria foi firmada em 2014, a fim de desenvolver Curso de Português aos refugiados falantes de espanhol, inglês e francês. Durante as aulas, além de aprenderem a língua, absorvem cultura brasileira; e, enquanto estudam, contam com um espaço de recreação onde podem deixar seus filhos. Nos últimos três anos, mais de 500 refugiados participaram da iniciativa.

“O meu desejo é que a comunidade acadêmica entenda que a extensão está em todos os aspectos acadêmicos. É a oportunidade de retornar para a comunidade não só ofertando os nossos próprios estudantes, mas também com a oferta de cursos e oficinas para que a gente consiga transformar a universidade acolhedora e mais democrática”, conclui a professora Elaine Tôrres.

Fonte: Diretoria de Comunicação da UERJ