Segundo o Secretário Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Edmar Santos, e ex-diretor da unidade, os novos equipamentos possibilitarão um maior fluxo de leitos para o hospital por causa da rapidez dos procedimentos.
O Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE), da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), inaugurou, nesta quinta-feira, 14/02/19, o Programa de Cirurgia Robótica. Segundo o Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Leonardo Rodrigues, que participou da inauguração junto com o Secretário Estadual de Saúde, do diretor do hospital, do reitor da universidade e do chefe de Urologia da instituição, foram gastos R$ 16 milhões na implementação do serviço. Com isso, a unidade pública de saúde passa a ser a primeira do país a poder realizar cirurgias de alta complexidade.
Além disso, os novos equipamentos possibilitarão um maior fluxo de leitos para o hospital devido à maior rapidez dos procedimentos. A afirmação foi do Secretário Estadual de Saúde e ex-diretor do HUPE, Edmar Santos. “Portanto, mais atendimento em um procedimento melhor e mais moderno”, explicou. Ainda segundo ele, o início das cirurgias de alta complexidade na unidade seria mais uma etapa com o objetivo de atender pacientes de forma mais humanizada e moderna.
Formação de profissionais especializados
O equipamento, robô modelo Da Vinci e plataforma XI, pode ser utilizado nas áreas de urologia, cirurgia geral, cirurgia torácica e ginecológica. De acordo com o Hospital, o objetivo é proporcionar tratamento de ponta aos pacientes do SUS. O programa visa a produção de conhecimentos científicos para treinar e formar profissionais especializados. Durante a cirurgia, um robô é controlado pelo médico, que garante a precisão, durante o procedimento. Monitores acoplados ao sistema possibilitam a visão da operação por toda a equipe médica – o que permite a participação do cirurgião-auxiliar no procedimento.
Além disso, segundo o chefe da área de urologia do hospital universitário e coordenador do projeto Robô HUPE-UERJ, o robô terá a capacidade de fazer duas cirurgias por dia. “A cirurgia em si é rápida, mas a colocação e preparação do paciente, assim como a reesterilização do material são ações demoradas. O Albert Einstein, em São Paulo, tem 3 robôs semelhantes a esse e faz 4 cirurgias, no máximo, por dia. Aqui no Rio, o Copa Star e Samaritano, cada um deles, também tem um robô igual ao nosso e faz duas cirurgias por dia”, explicou Ronaldo Damião.
O chefe da urologia do HUPE ressalta que é a primeira cirurgia robótica com robô Da Vinci e plataforma XI em hospital público no Brasil. Os cirurgiões responsáveis foram Dr. Rui Teófilo e Dr. Victor Dubeaux. “Existem outros cirurgiões já qualificados no HUPE para operar este robô, em outras espacialidades”, destaca Ronaldo Damião.
Recuperação do parque tecnológico
Para Rodrigues, Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, o estado vive um momento histórico. “Para além dos benefícios para os pacientes, é importante deixar registrado o esforço que Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação fez, por meio da FAPERJ, para conseguir efetivar o investimento necessário para a implementação do serviço. Essa ação é a demonstração do Estado dando a devida importância para a saúde pública do cidadão fluminense”, destacou o secretário em referência ao total gasto.
Para o reitor da UERJ, Ruy Garcia Marques, a aquisição do robô marca a retomada da normalidade da universidade. “É uma grande alegria ver a retomada da inovação tecnológica, sobretudo depois da grave crise por que passamos em 2016 e 2017”, lembrou. O diretor Carlos Virgini enfatizou que se trata de mais uma etapa da recuperação do parque tecnológico do hospital. “O robô traz para o hospital tecnologia, aumento do movimento cirúrgico e cirurgia de alta complexidade, que é o papel principal do hospital dentro da rede de saúde”, destacou.
Fonte: Jornal O Dia.
Nota: Informação no texto acrescentada pelo Jornalista do CAPCS-UERJ, Felipe Jannuzzi.
Em: 16/02/2019.