Novos leitos, centro cirúrgico e ambulatórios exclusivos, além de equipamentos sofisticados fazem parte do Centro de Tratamento de Litíase Urinária (Centralu). Médico responsável é Ronaldo Damião, chefe da Unidade Docente Assistencial de Urologia.
Nem tudo é crise na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), que vem sofrendo com a falta de recursos e as greves constantes. Uma das unidades ligadas à instituição, o Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe), em Vila Isabel, conquistou uma grande vitória: em atividade há dois meses, foi inaugurado, agora oficialmente, no último dia 6 de setembro de 2017, o Centro de Tratamento de Litíase Urinária do Hupe (Centralu), unidade especializada em cirurgias e tratamentos de cálculo renal.
— Essa condição é extremamente frequente. Em torno de 8,5% da população têm cálculo renal ou já tiveram algum episódio de uma cólica renal cujo cálculo foi eliminado espontaneamente — explica Ronaldo Damião, médico responsável pelo Centralu e chefe da Unidade Docente Assistencial de Urologia.
Desde que foi aberto, o Centralu faz, no mínimo, três cirurgias diariamente. Em agosto, foram 58 procedimentos cirúrgicos de cálculo renal realizados em pacientes de todo o estado. Muitos estavam aguardando cirurgia há dois anos.
— O Hupe oferece tratamento há 50 anos, tanto sob o ponto de vista clínico quanto cirúrgico. Mas não tínhamos uma enfermaria específica para isso. O Centralu foi uma forma de organizar essa demanda, em decorrência das necessidades do estado. Existe uma população muito grande que está desorientada e precisando de um tratamento mais eficiente. Nós atendemos pacientes de todo o estado do Rio — afirma Damião, acrescentando que há 170 pacientes numa fila de espera.
A Centralu conta com seis leitos destinados especificamente aos casos de doenças renais, além de uma sala no centro cirúrgico e um ambulatório exclusivos e de um equipamento sofisticado de laser para o tratamento.