A variante Ômicron recebeu atenção especial no Mundo a partir de Novembro de 2021 por se apresentar com uma grande variedade de mutações na proteína da membrana. A fim de compreender um pouco mais através da sintomatologia provocada, avaliamos voluntários da pesquisa da vacina realizada pelo HUPE/UERJ através de um formulário enviado via e-mail questionando se eles haviam positivado para Covid nos últimos 30 dias. Na análise dos resultados observamos diferenças nos sintomas comparados à doença inicial com predominância de tosse, dor de garganta, congestão nasal e coriza sugerindo com isso que esta nova variante acometeria mais as vias aéreas superiores.
Os especialistas ainda estão tentando entender o fato de a Ômicron ser aparentemente mais leve, percebendo se isso se deve à prevalência da imunidade contra o SARS-CoV-2 ou às propriedades do próprio vírus.
As primeiras impressões da Ômicron baseadas nas quatro perguntas que fizemos é de que se trata de uma nova variante de preocupação que causa um quadro clínico de menor gravidade por não causar pneumonia viral frequente; é mais transmissível podendo chegar a 3 vezes a mais que a delta; a dose de reforço da vacina causa proteção e os sintomas predominantes são das vias aéreas superiores.
A terceira dose ou dose de reforço vem para proporcionar o aumento da quantidade de anticorpos circulantes no organismo, reduzindo a chance da pessoa se infectar ou ter a forma da doença.
Os próximos passos serão analisar a resposta de anticorpos gerados nos voluntários sintomáticos e com confirmação diagnóstica nos últimos trinta dias, com sequenciamento genético e correlação clínica.