A intenção é promover ações na internet voltadas às reflexões e discussões sobre as modalidades de racismo que ainda persistem nas instituições de ensino superior do Brasil, sejam de natureza discriminatória, estrutural ou sistêmica. A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) busca combater essas atitudes excludentes, que acabam por restringir visões de mundo, histórias, línguas, conhecimentos e modos de produção dos diversos povos e comunidades indígenas e afrodescendentes.
Assim, a partir de 23 de setembro, a comunidade universitária e o público em geral poderão acompanhar “Conversas para uma Educação Antirracista: dialogando com imagens”, de forma gratuita, pelo YouTube. Serão sete sessões semanais com duas horas de duração, dedicadas a diferentes temáticas, até o dia 11 de novembro. Na programação, vídeos fornecidos pela Unesco, além de curtas metragens independentes, sempre seguidos de debate.
De acordo com a coordenadora do projeto, Mailsa Passos, os temas abordados nos encontros agradarão a amplas faixas de público. “Estamos contando prioritariamente com estudantes de graduação e pós-graduação, mas todos os interessados em problematizar situações de racismo nas políticas e nos sistemas de ensino estão convidados”, afirma.
Para a professora, a participação da Uerj, com outras instituições da Argentina, Brasil, Colômbia, Equador, Guatemala e México, tem um sabor especial. “Esse resultado é muito importante, na medida em que reconhece a história da Universidade nas lutas antirracistas e como pioneira dos programas de ação afirmativa no Brasil, além de dar visibilidade ao seu caráter democrático, que sempre nos encheu de orgulho”, ressalta Passos.
Conversas para uma Educação Antirracista: dialogando com imagens
Assista no YouTube, sempre às 18h.
23/09 – Microvídeos: Bernardine Dixon (Universidad de las Regiones Autônomas de la Costa Caribe Nicaraguense); Nelly Yendy Arrechea Riasco (Universidad Nacional de La Plata, Argentina); Guilherme Diniz (Universidade Federal de Minas Gerais – Brasil). Curta-metragem: “Magdalena Santos – a imaginação também é minha.”
30/09 – Microvídeos: Clara Pedraza Goyeneche (Universidade Nacional Aberta e a Distância, Colombia); Eugenia Maldonado (Universidade Iberoamericana, México). Curta-metragem: “Eunice e Fabrice”. Racismo institucional – interculturalidade – afrodiáspora.
O7/10 – Microvídeos: Maria Nilza da Silva (Universidade de Londrina); Antonio Jeovany da Silva Ferreira (Universidade da integração Internacional da Lusofonia afro-brasileira); Notas # 4 – Amaral, Wagner “Uma presença indígena e afro-descendente interroga o Ensino Superior e o torna possível ou confrontado com o racismo”. Curta-metragem: “Casca de Baobá”. Afrodiáspora – encontro – universidade.
14/10 – Microvídeos: Guilherme Diniz (Universidade Federal de Minas Gerais – Brasil); Notas # 10 – Da Silva, Maria Nilza “Como dimensões para estudantes negros originais ou nenhuma instituição pública”. Curta-metragem: “A Fábula de Vó Ita”. Estética – auto estima – jovens negros.
21/10 – Microvídeos: Professor José de Almeida (Universidade Federal Rural de Pernambuco); Maria Nilza da Silva. Universidade de Londrina. Curta-metragem: “Simplesmente Irani”.
04/11 – Microvídeos: Henry Rebolledo (Colômbia), David Navarrete (Centro de Investigação Estudos de Antropologia do México). Curta-metragem: “A história de Akykysia – o dono da caça”. Saberes indígenas, cultura e contação de história
11/11 – Microvídeos: Shailili Zamora Aray (Argentina), Marcia Mandepora Chundary (Guarani, Presidente fundadora da Educação em Contextos de Multilinguismo e Pluralidade, Bolivia). Curta-metragem: “O boto”. Cultura indígena e contos populares.