Diretoria de Comunicação da UERJ

Com um investimento de aproximadamente R$700 mil, o projeto, aprovado em edital da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), irá criar dois laboratórios, um cada instituto.

Na Uerj, o laboratório cuidará da testagem da matéria-prima sob o ponto de vista físico. Tecidos e não tecidos (TNT) empregados em máscaras, macacões, capotes e similares, que são usados como EPI, vão passar por testes de engenharia. Na UFF, os testes irão garantir que o material seja adequado sob o aspecto biológico.

“O município tem um setor têxtil muito forte, mas não fazia EPIs. Com a demanda trazida pela pandemia, surgiu um novo mercado. A proposta é testar os materiais que as indústrias vêm utilizando para fabricar os equipamentos. Um dos problemas identificados é que muitos EPIs não apresentavam a qualidade necessária. Para ser eficiente na proteção, a matéria-prima precisa atender a normas internacionais de segurança. Com a testagem em laboratório, poderemos emitir laudos sobre esses insumos”, explica o coordenador Ivan Napoleão Bastos, professor do curso de engenharia mecânica do IPRJ.

No momento, o grupo aguarda a liberação da verba da Faperj. “Ainda não temos como prever o início do trabalho, mas esse projeto é para além da pandemia. Precisamos estar preparados também para o que possa surgir depois do coronavírus”, alerta o professor.

 

De Nova Friburgo para o Brasil

Doação à Cruz Vermelha

Outra iniciativa da Uerj e da UFF vem conquistando mais espaço e auxiliando na prevenção da Covid-19. O projeto FaceShield NF nasceu quando diversos profissionais de universidades e empresas decidiram doar tempo e recursos para a criação e produção de EPIs para os profissionais de saúde. Até julho, mais de 40 mil unidades de protetores faciais foram doados para as mais diferentes regiões do Brasil. Por meio de uma parceria com a Força Aérea Brasileira, que começou a fazer o transporte, três cargas já foram enviadas a Manaus, Brasília e Recife.

As instituições de saúde interessadas devem acessar o site do projeto e seguir as orientações sobre pedidos.

“Nosso produto é composto por três itens: a viseira, o visor e um elástico posterior. Estes são produzidos de maneira colaborativa entre diferentes parceiros e respeitando um processo rigoroso de fabricação”, explica o professor Lucas Venâncio, do curso de engenharia mecânica do IPRJ.

Os professores da Uerj e da UFF desenvolveram os equipamentos junto com a empresa Persona 3D e têm como parceiros Firjan-Senai, o Grupo STAM e as empresas Thulerflex, HAK e Suspiro Íntimo.